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Blog relativo ao Prêmio dos jogos de Tabuleiro (JoTa) premiojota@yahoo.com.br

domingo, 19 de abril de 2009

Pesado, mas esse eu carrego....






Pois então temos agora a apresentação do melhor game pesado...
Se penso em pesado penso no HEAVY GAMES BRASILIA - O OBJETIVO É JOGAR!!http://www.ilhadotabuleiro.com.br/?pag=clubes&acao=perfil-clube&id=20 , onde temos como ativo participante o amigo Thiago Boaventura que gentilmente aceitou particpar de nosso blog.

27 anos, casado há 1 ano e meio, sem filhos mas já com planos de começar a produção (de acordo com ele mesmo), Consultor de Contabilidade da Câmara Legislativa do DF. Apreciador de jogos que privilegiam os jogadores que fizeram as melhores e mais criativas jogadas, mesmo que tenha uma pequena dose de sorte para dar um "sal", o amigo se diz apreciador de jogos que exijam bastante do cérebro sem se perder no tema e que tenham boas formas de interação, jogador que desvaloriza jogos caóticos e abomina as decisões previsíveis em jogos.

Peço a foto e recebo ele e sua amada... acho que o bebe vem pra logo mesmo....risos




Passo a voces o texto enviado sobre o tema em questão, belo texto, comparativo...




"Cuba – 27,39%

Age of Empires III – 26,75%

Imperial – 20,38%

Container – 13,38%

Tempus – 7,64%

Hamburgum – 4,46%

Vitória apertada do Cuba. Torci para que o Brass tivesse melhor sorte nesse prêmio, mas como não foi possível, considero que a vitória do Cuba teve méritos. Entre o Cuba e o Age of Empires é páreo duro mesmo saber qual seria o melhor jogo lançado no período que o prêmio delimitou.
O Cuba é um jogo muito comparado ao Puerto Rico, o que é bom e ruim ao mesmo tempo. É bom porque utiliza uma fórmula já consagrada de fazer jogos. Comprar edifícios, produzir recursos e a escolha de papéis por meio de cartas é a base do jogo. Isso sempre funciona. O lado ruim da comparação com o Puerto Rico são as comparações de que o Cuba não oferece nem um terço das possibilidades estratégicas. Talvez o autor do Cuba não quisesse mesmo fazer um jogo profundamente estratégico, mas sim um jogo de saber aproveitar as oportunidades de ganhos que surgem no jogo, por meio de um bom gerenciamento das cartas de personagens. O ponto negativo do Cuba são os prédios já revelados desde o início do jogo e a ausência de situações que forcem o jogador a ter que alterar sua estratégia. O que eu quero dizer é que se o jogador decidir que vai fazer a estratégia x em todas as partidas, ele pode conseguir fazer e jogar bem em todas elas. Dizem que os primeiros barcos e lei reveladas mudam um pouco isso, mas, sinceramente, isso ainda não me convenceu.








O Age of Empires é um jogo que fez sucesso pela excelente mescla de mecânicas já consagradas. É uma espécie de coletânea de jogos. Lá tem Puerto Rico (compra de prédios e a utilização dos recursos), tem El Grande (disputa por maioria de área), tem Caylus (posicionamento de trabalhadores), tem mais uma porção de jogos que você consegue identificar jogando. Talvez, por isso, esse jogo não seja muito light de explicar, mas é tranquilo no quesito peso das decisões. O ponto negativo é: a sorte envolvida nas expedições, o que é temático e não compromete o jogo se o jogador souber usar as probabilidades; a sorte em relação a um prédio bom para um jogador acabar não entrando no jogo.
O Imperial e o Container são jogos para o pelotão intermediário, na minha opinião. Tenho várias partidas de Imperial e somente uma de Container. No momento, arrisco dizer que o Container é melhor. O Imperial é muito bom pra quem curte jogos de compra de ações. Não ando muito fã desse tipo de jogo, ultimamente. Todo jogo de ações envolve aposta. Ao comprar suas primeiras ações, você não faz idéia se elas vão ser boas no futuro e isso não vai depender só de você, pois, por mais que você se esforce, se a mesa decidir voltar-se contra aquele tipo de ação, eles tiram a vitória de você facilmente. Jogos de compra de ações também têm o velho problema de alguém jogar muito mal e o vencedor acabar saindo de forma meio aleatória e confusa. Mas tirando o fato de ser um jogo essencialmente de ações, o Imperial seria um grande jogo se algumas decisões que você tem que escolher no rondel fossem mais difíceis. Quase sempre é bom fazer a ação de "investimento" e de "taxação". É muito claro que o jogador agiu mal quando deixou de fazer essas duas ações. Além disso, mover espaços a mais no rondel é excessivamente caro, o que dificilmente torna-se uma boa decisão (exceto no final do jogo que quase sempre é bom). Enfim, bom jogo, bem bolado, mas que comete alguns pecados de previsibilidade.
Já o Container tem um sistema brilhante. É o único jogo que conheço que o jogador pode avaliar a oferta e demanda do mercado e com isso tomar a relevante decisão de fixar um preço de venda para seu produto, o que não pode ser mudado facilmente. Há muitas coisas pra fazer no jogo (constuir fábricas e galpões de armazenamento, produzir bens, comprar, revender, oferecer lotes para despejar na Ilha, etc. E os objetivos secretos que forças valoções diferentes em termos de aquisição de containers para abastecer a Ilha dão um "tcham". O jogo parece ser do tipo que cada partida, principalmente se jogada com jogadores diferentes, proporciona uma experiência única. O ponto negativo fica por conta da leve repetitividade. A situação do jogo não muda tanto ao longo da partida. No final, passa a não ser mais interessante investir em infra-estrutura e os jogadores seguem pensando da mesma forma. Jogo interessante e que tem uma fórmula bastante peculiar.
O Tempus é outro jogo com uma sistemática incomum. É um jogo de civilização bastante abstraído nas mecânicas e que tem um tabuleiro modular. O tema de civilização é bem light. Não espere um jogo cheio de detalhes, diferentes características em cada povo, comércio entre eles, etc. O destaque do jogo é o gerenciamento de cartas que é muito bem feito. Não existe carta ruim, o que dá uma sensação de desespero em ter que descartar algumas delas. Outra coisa bem interessante é o sistema de avanço no tempo que permite a alguns jogadores a obter vantagens em relação aos demais. Mas tudo isso de forma equilibrada, e sem permitir que um jogador dispare na frente. As batalhas entre as civilizações é bem original. Os jogadores precisam considerar os tipos de terrenos e conciliar esse fator com as cartas de sua mão. O ponto negativo é a possibilidade de blefar nesse jogo. O blefe é muito gratuito. Os jogadores sempre precisam descartar algumas cartas para adequar ao limite e isso é um grande convite ao blefe. Seria muito simples ao autor retirar o fator blefe desse jogo, mas ele preferiu manter.
Pra finalizar, o Hamburgum, que tive a oportunidade de jogar uma vez e que pareceu ser um jogo um pouco mais fraco. É um jogo que quase chega a ser automatizado, de tão repetitivo. A interação é praticamente nula e o jogador ficar só naquela de ficar movimentando a pecinha no rondel para tomar decisões simples. O que estou precisando agora? De grana? Então vou fazer isso. De material pra vender? Então é isso. Nada muito complicado, difícil ou agoniante. Considerei um jogo simplório demais. Mas é um jogo até certo ponto famoso, o que deve ter os seus fãs. O recém lançado Pricess of Machu Picchu desse mesmo autor tem um feeling parecido, mas tem uma interação muito mais forte e decisões bem mais relevantes.
Com certeza os jogos indicados estariam muito bem em qualquer coleção. Três jogos mais no estilo econômico: Cuba, Container e Hamburgum. E outros três jogos híbridos: Age of Empires, Imperial e Tempus. Grande disputa!"





Então é isso...valeu amigo...obrigado e até nova publicação do JoTa.

Bira

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